terça-feira, 26 de agosto de 2025

Joelhos e longevidade: entenda a relação que pede cuidado para você viver mais e melhor

A prática de atividades físicas, a busca por uma alimentação mais saudável…são opções que cresceram entre as escolhas das pessoas nos últimos anos, principalmente depois de muitos estudos e pesquisas associarem esses dois temas à longevidade.

E, dentro das atividades físicas, o fortalecimento das articulações, em especial, dos joelhos, cresceu também, se tornando um componente essencial da longevidade funcional. 

“Manter a mobilidade e a autonomia física ao longo da vida depende diretamente da integridade das articulações que sustentam o corpo. Os joelhos, por suportarem grande parte do peso corporal e estarem envolvidos em praticamente todos os movimentos do dia a dia, como caminhar, subir escadas, agachar e levantar, têm papel central nessa equação”, explica o ortopedista Dr. Fernando Jorge, especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP) e Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). 

E completa: “Nesse sentido, cuidar dos joelhos é mais do que prevenir dores: é apostar na longevidade saudável e na própria autonomia com o passar dos anos”, acrescenta o profissional.

Mobilidade essencial 

As dores ou limitações nos joelhos estão entre as principais causas de perda de mobilidade em idosos, o que aumenta o risco de quedas, internações, depressão, isolamento social e declínio cognitivo. 

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Idosos com dor crônica nos joelhos têm até 50% mais chances de apresentar dificuldades para realizar atividades básicas da vida diária, como se vestir ou tomar banho. Esse impacto direto na funcionalidade repercute na expectativa e na qualidade de vida. Afinal, viver mais sem conseguir se mover com autonomia é um cenário que contraria os princípios da chamada longevidade saudável”, destaca o Dr. Fernando.

A osteoartrite de joelho, também conhecida como artrose, é uma das principais causas de dor articular em pessoas com mais de 50 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% dos homens e 18% das mulheres acima dos 60 anos apresentam sintomas dessa condição, que tende a piorar com o sedentarismo, o excesso de peso e a sobrecarga repetitiva. 

No Brasil, estima-se que cerca de 12 milhões de brasileiros tenham osteoartrite, sendo a mais comum a que atinge o joelho. Estima-se que mais da metade dos diagnosticados devem eventualmente passar por uma cirurgia de substituição total do joelho. “Essa recomendação acontece, muitas vezes, pela falta de força na musculatura da coxa”, diz o médico ortopedista Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). 

“Os extensores, os músculos na parte frontal da coxa comumente chamados de quadríceps, são o grupo muscular mais forte do corpo e têm influência essencial na marcha, outras atividades e biomecânica. Os músculos ao redor da parte posterior da coxa, conhecidos como isquiotibiais, são responsáveis pela extensão do quadril e flexão do joelho, tornando-os igualmente essenciais para a atividade física”, diz o médico Dr. Marcos. 

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E continua: “Hábitos saudáveis comprovadamente reduzem o risco de desenvolver ou agravar quadros degenerativos no joelho. A prática regular de exercícios físicos, especialmente os de fortalecimento muscular e alongamento, está entre as principais medidas preventivas e terapêuticas”.

Peso corporal importa 

Dr. Fernando ainda enfatiza que manter o peso corporal dentro de parâmetros saudáveis tem impacto direto na saúde dos joelhos. “Cada quilo extra sobrecarrega a articulação, aumentando o risco de desgaste precoce. Perder 5% do peso corporal pode reduzir significativamente os sintomas da osteoartrite no joelho, enquanto a perda de 10% ou mais pode levar a melhorias ainda mais expressivas na dor e na função articular”, diz o ortopedista. 

O médico ainda comenta que, além da atividade física e do controle do peso, outros fatores têm sido associados à saúde das articulações. “Uma alimentação rica em compostos anti-inflamatórios, como os encontrados em peixes, azeite de oliva, frutas e vegetais, pode contribuir para a redução da inflamação crônica, que desempenha papel central em doenças articulares”.

Diagnóstico precoce sim! 

No campo da Ortopedia preventiva, cresce o número de profissionais que defendem o diagnóstico precoce de desalinhamentos, fraquezas musculares ou padrões de movimento inadequados, mesmo em pessoas jovens. “Avaliações biomecânicas, acompanhamento com fisioterapeutas e educação sobre posturas corretas e mecânica corporal podem evitar sobrecargas desnecessárias nos joelhos ao longo da vida, o que se traduz em menor risco de lesões futuras. Por isso, consultar um especialista de forma preventiva pode ajudar muito”, destaca o Dr. Fernando Jorge.

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Por fim, o médico também lembra que cuidar dos joelhos não é apenas uma medida ortopédica, mas um investimento em independência. “Envelhecer com mobilidade preservada permite manter uma vida ativa, interações sociais, autonomia nas tarefas do dia a dia e, com isso, maior bem-estar físico e mental. Portanto, pensar em longevidade vai muito além de evitar doenças crônicas ou tomar suplementos. Implica cuidar dos joelhos, pois são eles que sustentam cada passo”, finaliza o Dr. Fernando Jorge.

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source https://boaforma.abril.com.br/equilibrio/joelhos-longevidade-relacao-cuidado-viver-melhor/

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