Na quinta-feira (3), o Ministério da Saúde confirmou que o Implanon, método contraceptivo hormonal que pode custar até R$ 4 mil, passará a ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Até 2026, o órgão planeja entregar 1,8 milhão de dispositivos para contemplar todas as mulheres, com 500 mil previstos já para este ano.
Boa Forma conversou com a Dra. Elisabete Lilian Dair, ginecologista e professora do curso de medicina da Universidade de Franca (UNIFRAN) para entender os principais detalhes sobre o Implanon. Confira:
O que é o Implanon?
“Ele é um pequeno bastão de plástico semirrígido que tem como hormônio um progestágeno (substância ativa etonogestrel), que vai sendo liberado continuamente e promove o efeito anticoncepcional por até três anos“, responde a médica.
De acordo com ela, o implante previne a gravidez por meio da inibição da ovulação e também de alterações no muco cervical, atrapalhando a passagem dos espermatozoides para dentro da cavidade uterina.
O dispositivo é inserido debaixo da pele, geralmente na parte interna do braço. Vale lembrar que ele não garante proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis.
Quais os efeitos colaterais do implante anticoncepcional?
“O implante anticoncepcional pode desencadear a irregularidade menstrual, que costuma ser mais frequente nos primeiros três meses, e a falta de menstruação. Além disso, pode ocorrer a piora da oleosidade da pele e dos cabelos”, diz a especialista.
Ela lembra que esses sintomas não são exclusivos do implante e que eles podem surgir com o uso de qualquer método contraceptivo que contenha apenas progestagênios.
Quais as vantagens do implante anticoncepcional?
“Ele é extremamente seguro em relação à prevenção da gestação, não tem o perigo de esquecer, apresenta uma durabilidade de 3 anos e a colocação e a retirada são procedimentos muito simples”, destaca a especialista.
O método também apresenta uma ação anticoncepcional reversível e pode auxiliar na melhora de cólicas.
Para quem é contraindicado o Implanon?
Para saber se o Implanon é adequado para você, o melhor a se fazer é procurar a orientação de um médico ginecologista. O método possui algumas contraindicações, entre as principais:
- Histórico de trombose;
- Histórico de câncer de mama ou de órgãos genitais;
- Alergia ao etonogestrel;
- Sangramentos vaginais de origem desconhecida;
- Doenças hepáticas graves;
- Icterícia.
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source https://boaforma.abril.com.br/equilibrio/o-que-e-implanon-sus/
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