Quem menstrua e treina regularmente provavelmente já deve ter notado que o desempenho, a disposição e até mesmo a recuperação muscular podem variar bastante ao longo do mês, acompanhando as diferentes fases do ciclo.
Enquanto durante a ovulação a energia costuma ficar em alta, favorecendo treinos mais intensos, na fase lútea – aquela que ocorre logo antes da menstruação -, é comum sentir mais cansaço, menor disposição e alterações no humor.
Para saber mais sobre os impactos do ciclo menstrual na rotina de treinos, continue a leitura!
Qual é o impacto do ciclo menstrual na rotina de treinos?
O ciclo menstrual pode influenciar diretamente o seu desempenho, a sua disposição e a forma como o seu corpo responde aos treinos. É possível explicar esses impactos observando as alterações hormonais que acontecem em cada fase.
O ciclo se divide em três fases: folicular, ovulatória e lútea. Cada uma delas tem flutuações hormonais características.
A fase folicular dura, mais ou menos, até o 14º dia do ciclo. É nela em que a pessoa menstrua. Nos cinco primeiros dias, há uma queda nos hormônios progesterona e estrogênio, o que pode desencadear sensação de cansaço e menos energia.
“Nesses dias é comum sentir vontade de faltar aos treinos, mas não pode desanimar. A indicação é realizar atividades mais leves, pois o desempenho provavelmente não será dos melhores, então o treino não deve ser muito intenso”, fala a profissional de educação física e instrutora da academia UPX Sports, Rafaela Verona.
Em seguida, o organismo começa a produzir mais estrogênio, preparando-se para a ovulação. Muitas vezes, esses dois momentos podem se sobrepor, causando sensação de cansaço ou energia seguidas, como em uma montanha-russa.
“Tente aproveitar os momentos de disposição para focar em modalidades que exigem maior velocidade e resistência aeróbica, como a corrida, ou em treinos de força, como a musculação”, diz a especialista.
Após a fase folicular, ocorre a fase ovulatória, caracterizada pelo aumento no hormônio luteinizante, que estimula a liberação do óvulo e pode contribuir para a melhora da disposição e da autoestima.
Durante a fase ovulatória, você tende a conseguir pegar mais firme nos treinos, aumentando a carga nos exercícios e realizando atividades mais intensas.
“Treinos de alta intensidade são melhor aproveitados quanto mais disposto você se sente. A tendência é de um ótimo desempenho nesse período, por isso os treinos podem ser mais fortes, como aulas de luta ou uma malhação mais pesada, por exemplo”, pontua Rafaela.
Por fim, acontece a fase lútea, que vai do 15º ao 28º dia. No início dessa fase, você ainda pode ter um pico de energia, mas, conforme o tempo passa, isso vai diminuindo.
“Para acompanhar as mudanças desse período, atividades como natação, pilates ou hidroginástica são mais recomendadas. A alimentação também pode seguir esse mesmo ritmo mais leve, com muitas saladas, frutas, sucos e chás”, comenta o coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo (UP), Zair Cândido.
Quanto mais a menstruação se aproxima (TPM), maior a chance de aparecerem sintomas como dor nos seios, irritabilidade, dor de cabeça, retenção de líquidos e prisão de ventre, o que pode comprometer a disposição para treinar.
No entanto, mesmo durante esses momentos, é interessante manter o corpo em movimento. “O exercício ajuda a pessoa a se sentir melhor nesses dias. É importante manter a regularidade e sempre respeitar os limites do próprio corpo“, finaliza Cândido.
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source https://boaforma.abril.com.br/equilibrio/impacto-ciclo-menstrual-treinos/
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