A sensação de insuficiência te acompanha ao longo da vida? Como se, por mais que faça, por mais que conquiste, nunca fosse o bastante? Sempre existe um próximo degrau, um próximo objetivo, uma próxima meta que acredita ser o verdadeiro passaporte para a felicidade?
Esse “querer mais” pode ser um motor para o crescimento, mas também pode se transformar em um fardo pesado, que te impede de enxergar o que já tem e de viver plenamente o que está acontecendo agora.
A felicidade, muitas vezes, se torna uma espécie de miragem. Um “quando”: quando eu tiver aquele emprego, quando eu emagrecer, quando eu encontrar alguém, quando eu tiver a casa dos sonhos…
E, nesse movimento, ela deixa de ser vivida no presente para ser sempre uma promessa no futuro. É aí que nasce o que poderíamos chamar de uma “maldita felicidade”: aquela que nunca chega, porque sempre depende de condições perfeitas que, na realidade, nunca existirão.
A verdade é que não há um momento em que tudo estará 100% alinhado. Não há um cenário onde problemas deixarão de existir ou onde as dores não farão parte da vida.
E talvez seja importante lembrar: nunca estaremos totalmente satisfeitos. Sempre haverá algo que poderia ser melhor, algo que gostaríamos de mudar.
Mas isso não precisa ser algo ruim, mas apenas parte da condição humana. Afinal, essa busca é o que nos move, o que nos faz sonhar, o que nos impulsiona a evoluir!
O problema está quando essa busca nos impede de enxergar o que já temos, quando nos cega para os pequenos pedaços de felicidade que já estão disponíveis no aqui e agora.
Por isso, o convite é para aprender a discernir. Entender o que está sob o nosso controle e onde realmente podemos agir para melhorar nossa vida.
Ao mesmo tempo, aceitar que algumas coisas simplesmente não dependem de nós e que lutar contra isso é desperdiçar energia.
Encontrar esse equilíbrio é essencial para viver com mais leveza: agir naquilo que podemos mudar e acolher aquilo que simplesmente precisa ser vivido e atravessado.
Quando conseguimos cultivar esse olhar, a vida ganha outro ritmo. Passamos a valorizar mais os momentos de alegria, sem exigir que eles sejam perfeitos.
Passamos a compreender que a felicidade não é um destino brilhante no final da estrada, mas um companheiro de viagem, que se revela nos detalhes, mesmo que a estrada tenha curvas, buracos e tempestades.
A leveza nasce justamente desse equilíbrio de querer crescer sem se punir pela imperfeição; desejar mais sem deixar de apreciar o que já é.
E é assim que conseguimos experimentar uma vida em que a felicidade não precisa ser adiada, mas sim sentida, ainda que em pequenas doses, no meio do caminho.
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3
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source https://boaforma.abril.com.br/coluna/priscila-conte-vieira/sensacao-de-insuficiencia/
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