Você já ouviu falar em ROMO – Relief of Missing Out? Esse conceito é quase o oposto do famoso FOMO (Fear of Missing Out), que traduz o medo de estar perdendo algo.
Enquanto o FOMO nos mantém grudados nas telas, ansiosos para não “ficarmos de fora” das novidades das redes sociais, o ROMO nos convida a sentir alívio em não estar em todos os lugares, não acompanhar tudo, não responder a todos, não consumir sem parar.
Vivemos em um mundo de excessos: excesso de notificações, de informações, de opiniões, de comparações. O tempo diante das telas cresceu de forma desmedida, e junto dele também cresceram os níveis de estresse, ansiedade, depressão e sensação de inadequação.
É como se estivéssemos sempre correndo atrás de uma vida que não é a nossa, tentando estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mas nos esquecendo do mais importante: o aqui e o agora.
Nesse cenário, aprender a cultivar o ROMO pode ser profundamente libertador. Ele é um estado mental positivo e uma prática consciente de se desconectar do excesso de estímulos, para cultivar mais bem-estar emocional, foco e presença.
Ao praticá-lo, abrimos espaço para conexões reais, momentos de silêncio nutritivo e uma vida com mais equilíbrio e autenticidade.
E setembro, o mês de conscientização sobre a saúde mental e prevenção ao suicídio, nos convida a refletir sobre esses hábitos que, embora pareçam inofensivos, podem trazer muito sofrimento emocional.
O excesso de redes sociais pode gerar solidão, comparação, baixa autoestima e um vazio difícil de preencher. Ao invés de aliviar, muitas vezes intensifica nossas angústias.
Praticar ROMO é um ato de autocuidado. É se permitir desligar o celular sem culpa, aproveitar um jantar sem registrar, passar um fim de semana desconectado, escolher o que realmente faz sentido consumir. Pequenos gestos conscientes no dia a dia podem abrir espaço para mais leveza, clareza e presença.
Algumas formas de cultivar o ROMO:
- Coloque limites no uso das redes sociais, permitindo-se períodos offline.
- Troque parte do tempo de tela por atividades que tragam bem-estar real: leitura, exercício físico, uma conversa presencial.
- Lembre-se de que não é preciso acompanhar tudo: o que é essencial para você não vai passar despercebido.
- Valorize mais os encontros verdadeiros do que as conexões superficiais.
Respire. Observe. Viva.
E, acima de tudo, tenha em mente: se a tristeza persistir, se o vazio for grande demais ou se o sofrimento emocional se tornar intenso, buscar ajuda profissional é fundamental.
Psicólogos e psiquiatras estão aqui para oferecer apoio, acolhimento e caminhos de cuidado.
Neste Setembro Amarelo (e em todos os outros meses), lembre-se: você não precisa estar em tudo, mas merece estar inteiro em si mesmo. Cultivar ROMO é abrir espaço para a vida real florescer, com menos cobrança e mais presença.
___________________________________________________________________
Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3
source https://boaforma.abril.com.br/coluna/priscila-conte-vieira/ja-ouviu-falar-em-romo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário