Uma das tecnologias mais eficazes na área do condicionamento físico, da reabilitação e da otimização do desempenho muscular é a chamada eletroestimulação muscular (EMS) ou estimulação neuromuscular elétrica (NMES).
O que é isso? Impulsos elétricos de baixa frequência são aplicados diretamente sobre a musculatura. A partir disso, o EMS promove contrações involuntárias profundas, ativando fibras musculares de forma intensa e controlada.
O diferencial dessa tecnologia está no recrutamento eficiente das fibras do tipo II , de contração rápida , que são responsáveis por força, explosão e sustentação postural, e que nem sempre são estimuladas por treinos convencionais, especialmente em indivíduos sedentários, idosos ou com restrições articulares.
Prática é recomendada para pessoas com limitações físicas
O EMS gera contrações musculares intensas sem a necessidade de cargas mecânicas, ou seja, a prática é recomendada para pessoas com limitações físicas ou em reabilitação. Quem também está com sobrepeso ou precisa de um estímulo físico de baixo impacto pode aderir ao EMS.
Isso garante treinamentos funcionais, eficientes e seguros, com redução expressiva da sobrecarga articular, especialmente nas regiões lombar, joelhos e tornozelos.
Uma pesquisa, publicada na Journal of Strength and Conditioning Research, apontou que o uso combinado do EMS com treinamento tradicional potencializa os efeitos sobre hipertrofia, resistência e composição corporal, sendo especialmente eficaz na ativação de músculos profundos da região abdominal e lombar, favorecendo a postura e o controle do core.
Preservação de massa muscular
O EMS também tem se mostrado eficaz, em populações mais vulneráveis, como idosos ou pacientes em reabilitação funcional, na preservação de massa muscular, prevenção de quedas, além de melhora na mobilidade.
Segundo Marcio Atalla, professor de educação física com especialização em Treinamento de Alto Rendimento, pós-graduado em Nutrição pela USP e embaixador da Relaxmedic, o EMS representa uma solução moderna, eficiente e com excelente custo-benefício para quem busca iniciar ou manter uma rotina de movimento de forma prática, segura e com menor risco de lesões.
Atalla destaca que, para muitos perfis de indivíduos, como aqueles com tempo limitado, dores articulares ou restrições ortopédicas, a eletroestimulação pode ser a melhor alternativa para ativar a musculatura, aumentar o gasto calórico e melhorar a postura, mesmo em sessões de curta duração, que não exigem grandes deslocamentos nem impacto repetitivo sobre o corpo.
EMS contribui para o bem-estar
Além dos benefícios fisiológicos, a eletroestimulação também contribui para o bem-estar mental, ao melhorar a autoestima, reduzir níveis de estresse e promover sensação de relaxamento pós-sessão.
Por isso, o EMS vem sendo incorporado em programas integrativos de saúde e performance, tanto em academias quanto em clínicas de fisioterapia, studios funcionais e, cada vez mais, em ambientes domésticos.
Em resumo, o treino com EMS representa a convergência entre ciência, tecnologia e saúde preventiva. Ao permitir o fortalecimento muscular profundo sem impacto articular e com respaldo científico consistente, essa prática se consolida como uma alternativa moderna, segura e eficaz para diferentes perfis de público, de iniciantes a atletas.
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source https://boaforma.abril.com.br/movimento/eletroestimulacao-muscular-condicionamento-fisico-bem-estar-mental/
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