Ah, porque as influenciadoras gordas estão emagrecendo e blá, blá, blá… Esse é o novo mote social das redes: a marginalização dos corpos fora do padrão mais uma vez.
Mas, dessa vez, o motivo é outro. Essas mesmas pessoas que eram massacradas com críticas à saúde, à falta de cuidados, com comentários “preocupados”, agora têm um novo alvo: o desprezo ao ver esses corpos em movimento.
Mas, afinal, o que quer o público das redes? Oprimir! Oprimir em repetição, sem distinção! Nunca foi uma preocupação real com a saúde mundial, sempre foi um inconformismo relacionado à falta de adequação.
Como um corpo fora das medidas do ISO2025, desses enxeridos, ousa viver bem? Ousa ter saúde física e mental? Ousa mudar as medidas?
Isso não estava no contrato, não era o combinado. O combinado era se manter à margem, escondido. Toda e qualquer tentativa de sorrir e existir será apagada.
Não é que começou o massacre, a enxurrada de críticas — elas nunca pararam, só mudaram de tema. Mas as vítimas são as mesmas. Em geral, o público feminino é formado por mulheres que ousaram existir como QUEREM. Isso não pode, não é certo.
E em meio a tanto Mounjaro, Ozempic, Wegovy, perda de medidas, ganho de massa, etc., essas mulheres continuam tendo o visto negado para a “terra da beleza”. O apogeu das deusas magras é só para um seleto público eleito pelo algoritmo, e todo o resto será excluído.
A verdade é que a guerra da beleza continua no mesmo lugar, só adequou o discurso para alcançar as vítimas que tomaram certa distância, mas que nunca correrão rápido o suficiente para viver livres, com suas curvas ao sol.
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source https://boaforma.abril.com.br/coluna/amanda-souza/guerra-da-beleza-no-mesmo-lugar/
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