segunda-feira, 25 de agosto de 2025

5 alimentos que devem ser evitados por quem tem Lipedema

O lipedema é uma condição crônica e progressiva, caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, especialmente nas pernas e braços. A doença é até confundida com a obesidade, mas, a diferença é que no lipedema o volume corporal não está ligado ao quanto se come ou se exercita. 

 

 

“Imagine que seu corpo distribui a gordura de forma desigual, independentemente de seus esforços. Essa é a essência do lipedema. Não está relacionado com excesso de calorias ou inatividade”, explica a especialista Dra. Elaine Dias JK, endocrinologista PhD pela USP e metabologista.

Estima-se que 1 em cada 10 mulheres no mundo conviva com o lipedema, uma prevalência que chega a 12,3% no Brasil, segundo dados da Secretaria de Saúde. A doença se manifesta, com mais frequência, em períodos de grandes alterações hormonais, como a puberdade, a gravidez e a menopausa, e pode ser percebida por sintomas como dor ao toque, inchaço persistente, hematomas frequentes e sensação de peso nas pernas.

“O tecido adiposo afetado é diferente da gordura comum, ele é mais sensível e não se desfaz com exercícios ou perda de peso convencional. A identificação do quadro pode ser feita por exames de imagem, como DEXA (densitometria de composição corporal) e bioimpedância”, explica a Dra. Elaine.

Doença não tem cura

Apesar de não haver cura, os tratamentos disponíveis buscam reduzir os sintomas, melhorar a circulação linfática e a qualidade de vida dos pacientes. A alimentação anti-inflamatória é fundamental. “A chave não está apenas em emagrecer, mas em desinflamar o corpo. Isso significa reduzir os alimentos que inflamam, provocam retenção e aumentam a dor”, enfatiza a Dra. Elaine. 

A profissional traz a seguir os 5 principais alimentos e explica os motivos. São eles:

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1

Café e cafeína: A cafeína, quando consumida em excesso, estimula a liberação de adrenalina, o que pode piorar os processos inflamatórios e provocar vasoconstrição, ou seja, um estreitamento dos vasos sanguíneos. Esse efeito dificulta a circulação linfática, favorecendo a retenção de líquidos e aumentando a dor. “O ideal é limitar o consumo de café a até três xícaras por dia. A cafeína pode ser um fator agravante para quem já tem sensibilidade nas pernas”, alerta a endocrinologista e metabologista.

 

 

2

 

Bebidas alcoólicas: O álcool atua como um potente inflamatório sistêmico. Ele interfere no metabolismo hepático, prejudicando a circulação e sobrecarregando o sistema linfático, que é responsável pela drenagem de líquidos e toxinas. Isso contribui para o agravamento do inchaço, da dor e do aspecto de irregularidade na pele, o que é uma queixa comum e frequente entre pacientes com lipedema.

               

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3

 

Açúcar: O consumo frequente de açúcar pode elevar os níveis de insulina no sangue e desencadear um processo conhecido como hiperinsulinemia, que favorece o acúmulo de gordura e a inflamação dos tecidos. Para mulheres com lipedema, especialmente aquelas que já apresentam resistência insulínica, o açúcar atua como combustível para a piora dos sintomas.

 

4

 

Glúten: Embora o glúten não seja inflamatório para todas as pessoas, ele pode ser um gatilho para quem tem doenças inflamatórias como lipedema. Ele tende a aumentar a permeabilidade intestinal, um processo que permite a passagem de substâncias tóxicas para a corrente sanguínea, elevando a inflamação sistêmica. “Não sou contra o glúten, mas, é importante reconhecer que em um organismo que já vive em estado inflamatório, ele pode agravar os sintomas”, pontua a Dra. Elaine.

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5

 

Derivados do leite: A caseína, proteína encontrada no leite e em seus derivados, é apontada por diversos estudos como pró-inflamatória em indivíduos sensíveis. Em mulheres com lipedema, seu consumo está relacionado ao aumento da inflamação, da sensibilidade e da retenção hídrica. Mesmo alimentos considerados “saudáveis”, como iogurtes naturais ou queijos artesanais, podem ser prejudiciais para quem vive nesta condição. “É preciso avaliar individualmente, mas, a maioria das pacientes apresenta melhora positiva ao reduzir ou eliminar os laticínios.

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source https://boaforma.abril.com.br/alimentacao/alimentos-evitados-lipedema/

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