Quem vê Licínio Januário no ar como o executivo da TCA, Luciano, em “Vale Tudo”, novela das nove da Rede Globo, já percebe que talento ele tem de sobra! E uma curiosidade sobre o ator é sua paixão por atividades físicas, sendo ainda mais específico: a capoeira e a corrida.
Foi, em 2022, quando voltou a praticar capoeira, que Licínio – que estava 20 kg acima de seu peso – viu que a corrida poderia ajudá-lo a emagrecer e voltar a ter o condicionamento físico para os treinos.
“A corrida entrou para o segundo lugar no meu ranking de atividade física. Em primeiro vem a capoeira, com quem já tenho uma relação de 16 anos”, conta o ator que fará o Desafio da Ponte no domingo, 3 de agosto, onde fará o percurso de 21km na famosa ponte Rio-Niterói.
Entre as gravações da novela e a preparação para a prova, Licínio conversou com Boa Forma a respeito de sua rotina, alimentação e como a capoeira e a corrida se tornaram essenciais em sua vida. Veja o bate-papo a seguir:
Movimento desde cedo!
Quando você começou a ter essa paixão por corrida?
Eu comecei a ter essa paixão pela corrida em 2022, quando estava 20 kg acima do meu peso “normal”, devido ao acúmulo de trabalho e estresse. Eu tinha acabado de me mudar para Salvador, saindo de um período de convívio com ansiedade e depressão. Assim que cheguei em Salvador, retornei para a capoeira. Foi a capoeira que me introduziu à corrida, porque eu precisava voltar ao corpo que a capoeira me exigia, e a rotina de corrida me ajudou a acelerar esse processo.
Hoje, a corrida, além de ser uma atividade física, também se tornou uma ferramenta terapêutica para mim, e é a atividade que busco para explorar as cidades por onde viajo.
Como você faz para conciliar a rotina de treinos com a gravação da novela?
A corrida, para mim, é muito prática. Ela exige apenas colocar um tênis e uma boa playlist. Isso me dá uma certa flexibilidade para conciliar com as gravações.
Eu costumo pautar, no mínimo, três treinos de corrida por semana. Se eu gravo às 10h da manhã, eu corro às 6h. Durante a semana, faço treinos de até 7 km, normalmente com no máximo 40 a 45 minutos de duração. Se eu gravo mais cedo, faço o treino após as gravações.
Domingo é meu dia oficial de folga, o dia em que aproveito para fazer o famoso “longão”, onde corro, no mínimo, 12 km.
A preparação para o desafio Rio-Niterói foi difícil? O que mais você sentiu nesse ciclo de treinos? E como está a ansiedade para fazer uma prova que, além de um desafio, proporciona uma emoção gigante em correr em uma ponte tão conhecida!
Eu fiz a Meia Maratona do Rio agora em junho. Foi a minha segunda prova de 21 km e, pela segunda vez, tive a honra de treinar com o Júlio de Sá — ator, apresentador e uma das minhas referências nesse esporte.
Eu não diminuí o ritmo de treino, porque já estávamos focados nesse desafio da Ponte. Porém, a Ponte tem um percurso bastante inclinado, então, nas últimas semanas, tenho focado no fortalecimento muscular — e emocional também, que conta bastante durante a prova.
Essa prova, para mim, vai ser muito emocionante, porque moro em São Gonçalo e atravesso a Ponte todos os dias para ir às gravações. Participar dessa prova histórica e poder desbravar uma das vistas mais lindas do mundo, no meu tempo e no meu pace, com certeza vai abrir novas camadas na minha relação com a corrida. E eu estou doido pelos novos episódios que isso vai me proporcionar.
Alimentação e música, muita música!
E a alimentação? Como é essa rotina para conciliar com treinos e gravações?
Em relação à alimentação, eu confesso que, se dependesse só de mim, ela estaria um pouco desregulada. Minha esposa, Carine, é quem me ajuda nesse quesito. Nós dois cozinhamos em casa e temos uma rotina alimentar bem determinada. Quando estou fora, ela faz questão de fiscalizar meus passos — e eu, os dela. Essa fiscalização faz parte da nossa parceria e dos nossos cuidados um com o outro.
E o grande motivo dessa fiscalização é que, além das gravações e dos treinos de corrida, eu sou capoeirista. Tenho um compromisso de, no mínimo, três treinos de capoeira por semana, além de participações em eventos do meu grupo e de grupos parceiros. É uma rotina de atividades que precisa estar alinhada com uma boa alimentação.
Você pode nos contar alguma curiosidade sobre sua rotina de treinos, por exemplo, se você possui um ritual antes de começar a treinar.
O meu grande ritual na rotina de treinos é o momento de escolher a playlist do dia. Eu fiz da música a minha grande aliada nos treinos, e determino o ritmo do treino de acordo com a playlist.
Por exemplo, tenho uma playlist de reggae para quando quero fazer um treino num pace entre 6 e 7 min/km. Quando quero um treino com pace entre 5:30 e 5:50 min/km, eu coloco minha playlist de capoeira ou axé music. Já quando quero correr em um ritmo mais acelerado, com pace entre 4:50 e 5:20 min/km, escuto minha playlist de Kuduro ou Afrobeat.
A música dita meus passos, minha respiração e também a disposição do dia.
Além de ator, influenciador…
Mostrando a sua rotina em suas redes sociais, você também acaba influenciando outras pessoas a praticarem atividades físicas. Que dica você dá para quem deseja iniciar na corrida?
Para mim, quem movimenta o corpo, movimenta a cabeça — e movimenta a relação com o tempo também.
Estamos vivendo uma era de consumo excessivo de informações, muito por causa das telas, e acredito que a corrida nos ajuda a respirar, a ter menos pressa, menos ansiedade.
Eu aconselho todo mundo a começar a correr. Pelo menos se permitir tentar. Sem pressa, sem compromisso com o olhar estético. Só tentar.
A corrida nos ajuda a nos relacionar melhor com o ritmo da vida real. Eu sou a prova disso — já influenciei pessoas que, depois que começaram a correr, estão mais leves energeticamente, com um controle maior do corpo e das emoções.
Bora correr, meu povo! É de graça e só depende da força de vontade de cada um de nós.
O que a corrida representa hoje para você? Há alguma outra atividade física que também é a sua paixão?
A corrida entrou para o segundo lugar no meu ranking de atividade física. Em primeiro vem a capoeira, com quem já tenho uma relação de 16 anos.
Mas a corrida ganhou esse espaço porque tem fundamentos parecidos com a capoeira: olhar o mundo por outra perspectiva, trabalhar o nosso eu interior, o que nos aproxima — e nos distancia, ao mesmo tempo — de uma visão coletiva.
Cada um corre do seu jeito, e isso nos ajuda a aceitar que todos nós somos seres únicos.
A corrida e a capoeira nos ensinam a construir a nossa própria história de acordo com o quanto a gente se doa. E quanto mais a gente se conhece, melhor a gente se relaciona com o mundo.
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source https://boaforma.abril.com.br/movimento/licinio-januario/
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