As dietas muito restritivas não são recomendadas se você busca um estilo de vida mais saudável. Seus prejuízos ao corpo incluem desde deficiências nutricionais até o aumento do risco de transtornos mentais.
Uma pesquisa divulgada recentemente na revista BMJ Nutrition, Prevention & Health, que envolveu dados de mais de 28 mil adultos, mostrou que pessoas que adotavam uma alimentação muito restritiva em calorias apresentavam uma maior probabilidade de sofrerem com sintomas depressivos.
Esses impactos tendem a ser ainda mais acentuados em indivíduos que já lidam com altos níveis de estresse ou desafios relacionados ao peso, afirma o estudo.
Por isso, se você quer cuidar bem do seu organismo, o melhor a se fazer é comer de forma balanceada, garantindo um bom aporte de nutrientes. Além disso, é importante que a sua abordagem alimentar seja viável a longo prazo.
“A alimentação saudável é aquela que você consegue digerir, absorver e que te gera saúde. Deve-se pensar em uma variedade de alimentos, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas e gorduras saudáveis”, explica a Dra. Camila Ciancio, nutróloga.
Se você tem o objetivo de emagrecer, a nutricionista clínica Sabrina Theil, pós-graduada em Nutrição Funcional, Estética e Fitoterapia, garante que é totalmente possível alcançar esse resultado sem a necessidade de adotar dietas restritivas.
“Tem como emagrecer com uma alimentação saudável, basta ajustar a quantidade, qualidade e combinações dos alimentos. É a melhor escolha para quem quer perder peso com saúde“, diz Theil.
A nutricionista afirma que, quando você opta por dietas muito restritivas, é comum acontecer o efeito sanfona após o processo de emagrecimento.
Esse efeito, caracterizado pelo reganho dos quilos que foram perdidos, é bem mais difícil de ocorrer em casos nos quais a perda de peso se deu com uma dieta equilibrada e hábitos sustentáveis.
“É uma abordagem sem prazo para terminar, uma alimentação para ser adotada por toda a vida e, por isso, o efeito sanfona é mais difícil”, fala Sabrina.
Vale lembrar que consultar um profissional é fundamental para receber orientações ideais para o seu caso.
Descubra a seguir mais motivos que fazem as dietas muito restritivas não serem uma boa ideia!
Por que as dietas muito restritivas não são indicadas?
1Desaceleram o metabolismo
A ciência já apontou que consumir menos calorias do que o necessário desacelera o metabolismo e compromete o funcionamento correto do organismo. E essa diminuição metabólica pode até mesmo persistir por muito tempo, mesmo depois da interrupção da dieta restritiva.
2Podem causar cansaço e deficiências nutricionais
Comer menos do que o necessário pode provocar cansaço generalizado e deficiências nutricionais, especialmente de vitamina B12, ferro e folatos.
A falta de carboidratos também pode provocar essa sensação de fadiga intensa, uma vez que esse macronutriente é uma importante fonte de energia para o corpo.
Dietas muito restritivas ainda podem causar queda de cabelo, perda de massa muscular, descamação de pele e unhas fragilizadas.
3Podem reduzir as chances de fertilidade
Outro ponto importante: dietas restritivas podem interferir diretamente nas chances de concepção.
Isso porque a alimentação pode mexer com a produção dos hormônios femininos, diretamente ligados ao ciclo menstrual – alguns estudos sugerem que mulheres que consomem até 22% menos calorias do que o indicado têm chances menores de engravidar.
4Diminuem a sua imunidade
Comer menos do que o necessário e de forma restritiva aumenta as chances de infecções e doenças – e ainda mais se essa rotina for combinas com atividades físicas intensas e frequentes.
Acompanhe o nosso WhatsApp
Quer receber as últimas dicas e matérias incríveis de Boa Forma direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp.
source https://boaforma.abril.com.br/alimentacao/dieta-muito-restritiva-riscos/
Nenhum comentário:
Postar um comentário