1 de outubro é o Dia Internacional das Pessoas Idosas. A data, que foi instituída pela Organização das Nações Unidas, tem como objetivo promover a conscientização a respeito dos direitos, necessidades e desafios encarados por essa população.
Para promover a qualidade de vida e o bem-estar durante a terceira idade, um dos cuidados mais fundamentais é a prática regular de atividades físicas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dia do Idoso: por que a atividade física na 3ª idade é tão importante?
Um estilo de vida ativo durante essa fase da vida auxilia no controle da hipertensão, reduz o risco de doenças cardiovasculares como aterosclerose e arteriosclerose, diminui a incidência de AVC, favorece a aptidão cardiorrespiratória e muscular, traz mais autonomia no dia a dia e previne quedas e hospitalizações.
Além disso, a prática de atividades físicas pode colaborar para a socialização, um fator que também desempenha um papel muito importante na saúde do idoso.
“Há vários estudos mostrando que o convívio social ajuda na redução de estresse, sensação de pertencimento, diminuição de doenças cardiovasculares. Tem pesquisas que comparam o impacto da solidão ao do tabagismo em termos de mortalidade”, explica Isadora Zaniboni, professora do curso de Medicina da UniSul/Inspirali.
É não é apenas a parte física que sai ganhando com a prática regular de exercícios. Pesquisas já provaram que um estilo de vida ativo também traz diversas vantagens à parte mental e cognitiva, melhorando a memória, o equilíbrio emocional e a capacidade de concentração.
Respeito aos limites e personalização
A professora opina que é indispensável que o exercício seja feito de maneira personalizada, respeitando os limites e os valores de cada idoso.
“A orientação precisa ser muito bem feita. Começar devagar, entender a história daquela pessoa, o que ela gosta, se já teve alguma experiência ruim. Não adianta mandar um idoso sedentário direto para a musculação. A gente começa com caminhada leve, com prazer, com vínculo. Isso faz diferença”, orienta.
Para ela, uma das maneiras de estimular a atividade física durante a terceira idade é envolver amigos e familiares no processo, o que ajuda na criação do hábito.
“Encontrar as amigas no pilates, na dança, nos bailes, tudo isso é estímulo. Ajuda a criar rotina, fortalece os laços e transforma o exercício em um momento de prazer e não de obrigação.”
Zaniboni ainda destaca que é necessário investir em políticas públicas que deem conta da dimensão social do envelhecimento.
“É necessário investir em prevenção, criar espaços de convivência, garantir acesso a academias, estimular alimentação saudável, e, principalmente, dar tempo e condições para que as pessoas consigam cuidar de si”, argumenta.
É preciso considerar que nem todos têm o mesmo contexto. “Uma pessoa que trabalha em jornada dupla, cuida dos filhos e mal tem tempo para si dificilmente vai conseguir se exercitar”, exemplifica.
“Ela precisa de tempo, de vínculos, de condições para se alimentar bem e cuidar da saúde. Não é só uma questão individual, mas social. Ajustar essas condições é essencial para garantir um envelhecimento saudável da população, e isso reduz muito os custos com internações, complicações e cirurgias no futuro.”
Pequenas atitudes no dia a dia
A médica revela que pequenas atitudes no dia a dia já fazem toda a diferença no bem-estar. Subir escadas, caminhar até o mercado e limpar a casa são ações que podem contribuir para manter o corpo ativo e preservar a autonomia.
Entretanto, incluir modalidades como a musculação na rotina amplia ainda mais os benefícios. “A musculação aumenta a reserva muscular. É o que vai garantir que o idoso consiga subir escadas, carregar compras, ir ao banheiro sozinho”, finaliza.
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source https://boaforma.abril.com.br/movimento/dia-do-idoso-atividade-fisica/
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