As mulheres estão cada vez mais escolhendo, com consciência, suavizar os efeitos do tempo e também redescobrir a própria expressão com mais leveza, o que traz autenticidade e autoestima para suas vidas.
E dados da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) mostram que mais de um quarto dos procedimentos estéticos faciais no Brasil são realizados por mulheres com mais de 45 anos, faixa etária que cresceu em procura nos consultórios.
“A tendência explicita que o autocuidado deixou de ser um tabu e passou a ser uma forma de reafirmar a própria história. A mulher madura de hoje não quer parecer mais jovem. Ela quer parecer descansada; quer que o rosto acompanhe a vitalidade que ela sente por dentro, sem perder sua essência”, afirma a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
O momento que a especialidade médica se encontra hoje também não busca rejuvenescer ou alterar os traços simplesmente, mas sim preservar a identidade do paciente. “Também queremos respeitar suas proporções faciais e alcançar um resultado bonito, natural e elegante”, destaca o cirurgião plástico, diretor da Clínica Moderna Sculpt.
Vivendo mais e melhor
Essa revolução mostra como as mulheres estão se reposicionando diante do tempo. Dra Beatriz explica que diferente de como a mulher se via e era vista anteriormente, hoje aos 50 anos, ela é mais ativa com sua rotina: “Ela vive mais, viaja, empreende, ama, aprende e se reinventa. O aumento da expectativa de vida reflete que elas vivem mais, mas elas também estão vivendo melhor”.
E completa: “Existe uma preocupação cada vez maior com um estilo de vida saudável com prática de exercícios e alimentação saudável. E, nesse novo contexto, o desejo de que o rosto reflita essa energia interior é legítimo e crescente. Não se trata de parecer jovem, mas de parecer bem. De ver no espelho uma versão alinhada à mulher que se tornou”.
A conscientização sobre procedimentos estéticos cresceu e hoje mulheres não buscam por uma pele rejuvenescida. “Elas têm o desejo por intervenções que tragam um efeito renovador, mas sem excessos”, destaca o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Foco na naturalidade
A cirurgiã plástica Dra Beatriz Lassance ressalta que hoje os procedimentos mais procurados são os que respeitam o tempo e a trajetória individual. “O objetivo não é somente apagar as rugas, mas também amenizar os sinais de flacidez, recuperar o viço da pele e devolver a expressão de bem-estar.
Entre os recursos mais procurados, a médica destaca:
- suavização de linhas de expressão e flacidez no pescoço e mandíbula com técnicas menos invasivas ou cirúrgicas como minilifting facial;
- correções ao redor dos olhos — área que concentra as maiores queixas após os 45 — por meio de blefaroplastia e suspensão de supercílios, que rejuvenesce o olhar mantendo a expressão;
- reposição de volume com gordura da própria paciente (lipoenxertia), especialmente nas têmporas, olheiras e bochechas;
- tecnologias complementares como radiofrequência e ultrassom microfocado, que estimulam colágeno e oferecem resultados progressivos com pouco tempo de recuperação”, diz a cirurgiã plástica.
Relação mais livre com a imagem
Com o autocuidado presente no dia a dia, seja para o corpo ou para a mente, além da liberdade de entender e escolher realizar ou não algum procedimento estético, as mulheres estão cada vez mais tendo uma relação mais tranquila com sua imagem. “Elas sabem o que querem e, principalmente, o que não querem. Buscam equilíbrio, não transformação”, explica Dra Beatriz.
Esse movimento tem mudado o discurso da beleza. “Se antes a juventude era a régua de avaliação, hoje a prioridade é sentir-se bem na própria pele — algo que passa pela escolha consciente de cuidar do rosto com delicadeza, responsabilidade e planejamento”, diz a cirurgiã plástica.
E finaliza: “Cuidar do rosto aos 50 ou 60 anos não é só vaidade. A mulher que se sente cheia de energia quer que o espelho reflita isso. Mas é importante que ela marque uma consulta com um cirurgião plástico, para que o médico faça uma avaliação criteriosa sobre quais procedimentos são realmente necessários”.
source https://boaforma.abril.com.br/beleza/autocuidado-tabu-mulheres/
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